quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Teoria Das Lágrimas


Já havia um tempo que eu não chorava, não de verdade, não por falta de motivos ou oportunidades, esses sempre existem e vem aos montes, mas com o passar do tempo (e das lágrimas) percebi que o pranto não é sinal de tristeza ou alegria extrema, mas é a insuficiência momentânea do indivíduo de controlar um sentimento, sendo este liquefeito e assim transbordando para fora do ser na esperança de que o 'sentimento' esvaia do corpo, da cabeça ou do coração, onde quer que ele esteja, enfim...
Se antes eu romantizava qualquer ato ou fato, hoje até um par de lágrimas que insistem em correr olhos abaixo me faz ser mais racional, fundamentar teorias que na prática viram pura sensibilidade...
Por isso chego ao meu veredito, eu preciso amar... Agora e sempre.

domingo, 12 de dezembro de 2010

C'est La Vie

A vida é feita de momentos marcantes, momentos que na maioria das vezes duram segundos e ficarão gravados na memória de um coração.
Momentos que podem ser um sorriso limpo e espontâneo que surge da alegria de uma pessoa amada, um olhar puro e inesperado de alguém outrora tão desejado, um dia reunido com os melhores amigos da face da terra que por ironia do destino são os seus e fazem sua vida valer a pena a cada dia, enfim...
Sem esses momentos, nossa existência seria resumida apenas em dias após dias impiedosamente recorrentes, fazendo com que tenhamos a sensação de que a vida está passando por nós como seres inanimados, sem nenhum tipo de reação vital a um estímulo.
Hoje, prestes a completar exatas duas décadas de vivência (muito bem vividas, obrigada) posso chegar à conclusão de que tive muitos momentos marcantes. Muitos me trazem alegria, muitos tristeza, outros até me dão um repetino desejo de esquecer[...]
Mas o fato é que eu vivi e vivo como se não existisse outra chance de ser feliz, porque a vida é muito curta, muito frágil, qualquer momento pode ser o último e um dia será, por isso viva, ame, chore, se apaixone, se permita, nunca deixe para amanhã o que pode te fazer feliz hoje, eu faço a minha parte, comece a fazer a tua, me dê um sorriso!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Teu Abrigo


Enquanto tu permitires que a tua alma repouse no envolvimento do meu corpo, eu irei te proteger e nenhum mal do mundo conseguirá te atingir, basta acreditar e confiar em mim.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Oração

Deus do céu, quanto tempo faz que não conversamos? Ou melhor, há quanto tempo eu não Te busco, seja para pedir, agradecer ou simplesmente manter um contato mais próximo, mais direto? É, Senhor... Já faz algum tempo e sei que estou em dívida e vim tentar me redimir.
Eu não costumo ser cem por cento sincera com ninguém, o Senhor sabe disso, sabe de tudo, mas mesmo assim eu sinto uma enorme vontade de me confessar, pois eu pequei... Não sei ao certo se foi um pecado, mas eu errei e preciso de perdão.
Errei meu Deus, quando coloquei uma amizade tão pura e verdadeira em jogo por conta de uma pessoa que eu mal conhecia e nunca sequer cheguei a conhecer de verdade.
Falhei Senhor, ao tentar substituir o insubstituível e quando me dei conta disso já era tarde, eu abracei o incerto, apostei num jogo de cartas marcadas e perdi. Virei uma página que queria voltar, mas não podia e o que me restou a fazer... Esperar pelos próximos capítulos dessa história e esperei.
Hoje, parece que as coisas voltam devagar ao seu devido lugar, mas ainda vivo consequências daquele tempo, no entanto a única dor que trago é a do erro que cometi com alguém tão essencial na minha vida, alguém que chegou devagarzinho e foi tomando um espaço enorme no meu coração, alguém que me fez perceber que erros podem ser cometidos, mas que também podem ser perdoados.
É isso Deus, espero que o Senhor me perdoe e deixo aqui a minha palavra que isso jamais se repetirá... Ah, Deus e se não for pedir muito, abençoa a vida deste ser que já é quase um anjo na minha vida.
E livra-me de todo o mal... Amém.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Devaneio Solto


Deixar para depois talvez seja a melhor solução para os problemas presentes, mas e quando o depois chegar? E quando o futuro virar presente? E quando o problema virar passado? Não por não ser mais um problema, mas por simplesmente não valer mais a pena solucionar, por fazer parte de uma vida que não existe mais, alguém que não existe mais, não com os mesmos costumes, tampouco com os mesmos sentimentos... Então o depois virará um 'nunca mais'.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Faz Frio Onde Você Mora?

Faz frio onde você mora? Porque eu sinto das palavras fugitivas de sua boca o clima do seu quarto. Por que tanto gelo? Se o seu apelo de paz, não se encontra mais na esquina vazia de minha rua. A verdade é que eu amei, fui de alma, fui tua. Limpa tua boca, pois o gosto da traição, eu sinto daqui. O nosso laço é tão forte, tão único, que mesmo com extinção do sentimento, em algum momento vai existir.
Não é que eu queira guardar eternamente o gosto do teu beijo, nem tampouco o cheiro dos teus cabelos recém-lavados, mas a cada passo que dou nesta casa esbarro com alguma lembrança da gente, a cada noite mal dormida a tua imagem, tua voz, tudo teu me perturba e se saio pelas ruas com uma garrafa de qualquer vinho barato tentando te esquecer, te encontro em todos os rostos desconhecidos, devo confessar que a minha vontade mais íntima é de te matar dentro de mim, mas pra isso teria que esquartejar cada capítulo da minha vida.
E que vida. Cada lágrima derramada-sofrida, que traz sem compaixão de mim as lembranças do que fomos. E o copo sujo pelo álcool de baixo valor, que me suja sem pudor, sem uma dose de amor, enfim. Já que me esqueci de viver, pra guardar tua voz-veludo, onipresente em cada centímetro de mim ao lado de quem me fez ver as coisas com os olhos da alma e do coração. Ser teu solo, teu abrigo, tua casa, teu castigo, tua salvação. Te dar minha vida, dar minha vida por ti. Eu sei que mesmo com toda neblina que cega a vista lá fora, meu choro não cansa e implora. Então me responde com o resto que reside dentro de ti: Faz frio onde você mora?

Sentimentos compartilhados, palavras cruzadas, uma só intenção.
texto escrito por Lorena Marques e Zenith Fialho.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tudo Quase Tudo


É extremamente deplorável quando paramos para pensar no tanto de glórias que poderíamos alcançar se não fosse o famoso e impiedoso 'quase'. Algumas pessoas acreditam que tal expressão nem exista, para elas ou é ou deixa de ser, não existe meio termo, ninguém quase nasce, nem quase morre, quase engravida, ou quase se diverte.
Em contrapartida, outros encontram no quase um refúgio, uma forma de justificativa para certas falhas... O fato é que toda vez que o quase aparece em uma história é sinal de que alguma coisa deu errado, o objetivo final a priori focado não fora alcançado, ou talvez o quase seja só uma válvula de escape para muita gente covarde, inclusive para mim.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma Chance



Eu não sei por onde começar, pra ser sincera, não sei nem se devo começar, não sei se devo, mas sei que quero. Quero poder começar uma história linda digna de arrancar suspiros apaixonados, sussurros invejosos, uma felicidade que me faça esquecer que um dia lágrimas rolaram ao longo da minha face e sei que seria contigo a realização desse sonho. Seria... Se não fossem as complicações da vida, dos fatos, das pessoas em questão. Ainda que dependesse única e exclusivamente de mim já seria difícil, eu ainda sofro sequelas de uma paixão muito forte e extremamente mal resolvida que me fez ver tudo e todos de uma maneira distante, um certo receio, um medo de acontecer de novo, um medo de sofrer de novo que sempre me deixa na defensiva, impedindo de uma nova paixão vir a acontecer, mas depois de tanto tempo, vi em ti a oportunidade de poder me soltar dessas amarras que me prendiam ao passado, ao sofrimento, me deixando livre para amar de novo, para amar o novo, para te amar... Mas te amar é complicado, na verdade te amar é fácil, basta passar algumas horas ao telefone de madrugada contigo, alguns (semi)beijos mais intensos que pude provar e os olhares mais profundos que eu já presenciei e pronto, gamei... O difícil é te conquistar, é fazer parte da tua vida, o difícil é lutar contra o teu passado que vive no presente... Sei que é complicado, sei porque já vivi tudo isso na pele e dói, mas é uma iniciativa que só pode partir de ti, e eu não posso fazer nada além do muito que tento fazer. Eu tenho muito para te dar, mas tu tens que estender as duas mãos para receber.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Insônia Casual

Por mais escura que a madrugada se mostre, ela me parece clara, nítida, talvez pela sua frieza ou quem sabe a sua calmaria me traga algum tipo de remédio para certos pensamentos que insistem em me atormentar, mas é tudo ilusão, por me sentir tão só e mais perto de mim, meus pensamentos criam dimensões monstruosas...
Já chega, chegou a hora de dormir, repousar a cabeça sob o travesseiro, fechar os olhos, focar num ponto de luz procurando um sonho, a luz no fim do túnel que leva ao amanhecer, onde a realidade recomeça impiedosamente repetitiva, tudo de novo.
O sono que faltou na madrugada me consome e me controla durante a aula, mas não posso dormir, as expectativas de um futuro melhor e o os assuntos administrativos tomam o meu cérebro e aquilo me mantém clarividente, a manhã é longa, mas sempre passa.
Já as tardes se tornam curtas... Dormir? Não, não mesmo. É chegada a hora de mais excitação do meu dia, de mais vida, mais amor, paixão, sexo, conversas e lanches ao anoitecer. A melhor parte do meu dia passa ligeira, momentos em que o sono passa bem longe de mim, de mim mesma e da minha (nossa) cama, mas minha tarde vai embora e com ela a minha alegria.
Tudo fica lento, quase parado, os minutos parecem horas, mas me alivia saber que mesmo à frente de uma máquina ou num aparelho celular nos encontraremos, uma maneira um tanto quanto fria de matar a saudade, mas é o que temos (por enquanto), momentos estes que também acabam.
Quando chega a noite as pessoas normais vão para suas respectivas camas dormir, as pessoas 'normais', eu não... Eu continuo aqui, eu e meus pensamentos monstruosos, quase companheiros nestas noites de insônia, a procura do foco luminoso, aquela luz no fim do túnel, aquele sonho de que um dia eu possa repousar tranquilamente minha cabeça (sem os monstros) e dormir em paz... Ou talvez não, porque assim meus momentos de paz seriam resumidos às minhas tardes ao teu lado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vem...


Confia em mim, deixa eu te mostrar que é seguro vir comigo, me da a tua mão e me aceita como guia rumo ao nosso final feliz,vem descobrir comigo o que é a felicidade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

À Flor da Pele

Eu poderia, sem muitos esforços, descrever momentos que considero mágicos, como um pôr-do-sol à beira-mar, uma reunião de amigos que a muito não se viam, um abraço do pai depois de uma briga sem motivos, enfim... Poderia descrevê-los, pois não faltariam palavras para enriquecer com detalhes tais eventos de tamanha magnitude, porém jamais seria capaz de transcrever o sentimento que me envolve em qualquer uma dessas situações.
Não se trata do amor com toda a sua grandeza, nem tampouco da paixão com todo o seu ardor, me refiro à sentimentos nobres, singelos, poderia dizer até simples, pelo fato de ser proporcionado com tanta ingenuidade, com tanta sutileza, momentos que duram segundos, mas que ficarão marcados pela eternidade, como num gesto humilde de oferecer uma flor.
Eu já havia recebido flores antes e devo admitir que, como mulher, fiquei deslumbrada, não só pela flor, não só pelo gesto, nem por ti, mas sim pelo que tudo isso me proporcionou sentir, pelo sentimento mais puro, mais rico, mais sem-palavras, pela minha cara sem graça, pelo teu sorriso, pelo nosso abraço, pelo encantamento que perdurou por toda a tarde de filmes, frio, pipoca e a melhor companhia desses últimos tempos.
Desculpa a minha franqueza e a fraqueza, mas diante de ti, eu tenho por obrigação ser sensível.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vício

Tem muita gente viciada por aí. Há quem se vicie em bebidas, cigarros, drogas... Há quem não viva sem chocolate, ou outros tipos de comida excêntrica, existem aquelas que são dependentes de jogos, cassinos, apostas... Mas o pior de todas essas dependências são as pessoas que se viciam em outras.
Segundo o Aurélio 'vício' significa conduta ou costume nocivo ou condenável. Agora imaginem uma pessoa viciada em outra... Isso pode ser bom, ou não.
Se viciar nos olhos negros mais expressivos que já puderam existir até hoje é bom, mas sentir que esses mesmos olhos não brilham mais quando encontram os olhos verdes lacrimejantes mais apaixonados deste mundo, não é.
Se extasiar ao ouvir certas palavras doces de promessas e juras de amor eterno é bom, mas saber que outras pessoas escutam essas mesmas palavras que idealizavam um futuro que seria seu dói, e isso não é bom.
Se inebriar em um sorriso fazendo com que qualquer tipo de problema seja esquecido em um simples abrir de lábios e covinhas nas bochechas, é muito bom, mas ter que viver com esse sorriso só na memória, como em um passado bom, mas distante, e consciente de que esse mesmo sorriso jamais se abrirá novamente pelos motivos mais simples e inocentes que com frequencia surgiam, isso causa enjôo.
Se embebedar com uma noite inteira de amor e carinho, conversas e carícias, como se o mundo todo parasse e o universo conspirasse para aquele momento se concretizar, é gostoso demais, mas ter que acordar no dia seguinte com o sol na cara, mostrando a realidade nua e crua como ela é e sempre foi, percebendo que foi tudo um sonho, isso trás ressaca.
Se embriagar de tanto prazer que uma pessoa pode te proporcionar é bom, e quando essa pessoa consegue fazer teu coração bater zilhões de vezes por minuto só com um simples suspiro perto do ouvido, melhor ainda, mas só de imaginar que esse prazer pode fazer outro coração bater mais rápido e mais forte, causa dor de cabeça...
Quando uma pessoa fica viciada, extasiada, inebriada, bêbada, embriagada por outra pessoa, isso é bom, traz alegria, prazer, felicidade, mesmo que instantânea, alivia a dor e faz esquecer da solidão, alucina tanto que quem fica possuído por essa toxina que se chama amor, chega até a acreditar que essa sensação boa de segurança e estabilidade com o 'vício' seja para todo o sempre até que a morte os separe, falando em morte a junção de tudo isso, infelizmente, pode causar overdose de um sentimento chamado esperança.
No entanto a dor, o enjôo, a ressaca, a dor de cabeça são inevitáveis, mesmo assim é difícil de desfazer do vício, há quem diga que não compensa, mas só quem vive um verdadeiro amor é capaz de atingir o nirvana da vida.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Prepotência Às Avessas









Eu não vou tentar te esquecer, o tempo se encarrega disso. Eu não quero um caminho de volta, quero ir para frente, ir além, nem quero a mesma vida, quero uma melhor.
Beijar outra boca sempre é diferente e cada beijo me arranca um suspiro ímpar, sendo errado ou certo, pecado ou sincero.
Outros amores me trarão prazer de coisas que faremos e viveremos, é uma questão biológica, química e temporal. Meus ouvidos se deliciarão com outros sussurros que irão me fazer delirar de paixão, meus olhos e olhares serão testemunhas de tantas surpresas de amor e afeto.
Talvez quando eu ouvir uma canção de amor possa até surgir uma imagem familiar para perturbar meus pensamentos, mas não, meu bem, não será o seu sorriso cínico, tampouco seu olhar de falsas promessas que refletirão em minha mente.
E se algum dia eu me trancar no silêncio, pensando no que é tudo para mim e no que é o meu nada, bom... teu nome provavelmente surgirá na minha mente, mas não seja tão prepotente, eu sou a prova viva de que, iguais a ti, existem milhares.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pôr-do-sol


Outro dia, eu na praia
Com os pés na areia
A brisa no rosto
Deparei-me com o sol
Já se pondo
E me veio uma lembrança
Na verdade, várias
Daqueles momentos
Daquelas conversas
Da gente
De ti
E deu-me um aperto
Não no coração,
Mas na alma
Por sentir falta
De um pedaço de mim
Que vive em ti.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Meu Pequeno Talismã


Eu jamais imaginei, não desta forma, não nestas circunstâncias, não contigo. Não me via com mais ninguém, não apaixonada, não querendo cruzar um certo olhar, não desejando um só corpo. Até tentei algumas vezes, mas não conseguia, não acontecia, nunca com ninguém.
Mas de agora em diante, chega de negatividade, chega de não's e nunca's, de amores antigos e mal resolvidos. Vou me jogar, me arriscar, me redimir... Cometer novos erros, outros crimes, me redimir novamente. Arrumar as malas e partir, partir as correntes que insistiam em me prender, prender-te em mim com tal liberdade para que possas voltar sem ter que pedir licença... Conquistar-te-ei a cada discussão literária, a cada jantar japonês, a cada acorde de violão tocados única e exclusivamente para ter o prazer de te ouvir cantando, poder ouvir tua voz rouca de manhã e me dar conta que não foi um sonho e te ver entre os lençóis que foram os únicos cúmplices da noite que virou dia em questão de minutos não têm preço, eu quero te ter sem medo de errar. Tu que surgiu como um furacão em minha vida, trazendo contigo inúmeras declarações, infinitas surpresas a cada pedaço teu que eu descobria, uma ligação que não é, nem pode ser deste mundo, nem desta vida... Eu te quero desde antes, desde sempre, e a partir de hoje até à eternidade.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Não é Amor

Não é amor... É um jeito de olhar diferente desde a primeira vista, é dar asas à imaginação no surgimento do sorriso mais lindo, é desejar controlavelmente um beijo proibido.

Não é amor... É uma ironia sacana do destino, é viagem de encontro ao meu próprio eu, é aposta perdida, cartas marcadas, dados viciados.

Não é amor... É muita conversa, horas a fio no telefone, é sinceridade, metáforas, quebra de sigilo, é fazer acontecer e consequentemente valer a pena.

Não é amor... É vontade súbita e intensa de se ver todo dia, é necessidade e sede do beijo proibido hoje conquistado, é largar tudo e todos, virar a página, abraçar o incerto.

Não é amor... É melhor!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eterna(mente) Solidão


Quase meia-noite, um quarto escuro, uma cama vazia e um pensamento longe... Nesses momentos de nostalgia pura que já fazem parte de meu cotidiano, alguém me rouba o sossego, me rouba o sono, me arranca um suspiro que se perde no ar... Para quem já chegou a me levar o coração e junto com ele o resto do corpo, um suspiro é besteira, mas depois de tanto tempo só deve ser amor...

domingo, 19 de setembro de 2010

Como Se Fosse a Primeira Vez


Após tanto tempo, tantos acontecimentos, te olhar de novo (devo admitir) mexeu comigo... Senti como se meus olhos nunca tivessem cruzado os teus, como se aquele abraço que sempre me fez sentir segura fosse intrigantemente desconhecido, como se o teu sorriso sem graça ao me ver fosse a maneira mais ingênua de dizer que eu não era como as outras... Eu ouvi todas as tuas histórias com tal interesse como se nunca tivesse ouvido-as antes, declarei minhas angústias, contei meus medos, revelei meus desejos mais íntimos como se tivesse entregando minha vida nas mãos de um herói que me salvou a vida... Te beijei, como se nossos lábios jamais houvessem se tocado outrora, me entreguei, como quem entrega um filho por uma causa nobre, com dor, mas certa de que era o certo a se fazer (dessa vez), descansei nos teus braços como se tu fosse o último homem da face da terra, e naquele momento, era o último, era o único, era o primeiro... Como se fosse a primeira vez, tu me fizeste sentir a mulher mais mulher deste mundo!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Últimas Palavras... Quiça.


Toda vez que penso em ti, eu sinto um nó na garganta, a respiração vem pesada, como se todas as lembranças viessem nas entranhas do ar que necessito para viver e sai trêmula num ensaio de soluço sem sequer derramar uma lágrima... Isso tudo pelo simples fato de pensar em ti, lembrar teu rosto, imaginar teu nome num telefone que nunca irá tocar... Continuo pensando e a vontade de chorar vem mais forte, o soluço desta vez é real e nítido, não tento segurar uma lágrima que teima em rolar pelo meu rosto, nem tantas outras que surgem depois dela, é inútil, inútil como o amor que guardo dentro de mim, infeliz como minha vida desde que te vi partir, inevitável como minha vontade de voltar no tempo, mas não da, eu não posso, eu não consigo. É triste pensar no rumo que nossas vidas tomaram, ou melhor, o rumo da 'nossa vida', que se transformou em minha e tua, partidas, separadas, rompidas... Mas o mais triste é saber que não existe mais amor, apenas minhas últimas palavras escritas num papel reciclado, molhado de algumas lágrimas que dizem mais do que centenas de textos humildemente declamados... Minhas últimas palavras que, quiça, tu nem chegarás a ler.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fortaleza






Deixa-me ser teus músculos quando a força te faltar.
Permita-me ser teus olhos quando eles insistirem em chorar.
Abraça-me apertado e forte quando o chão sob os seus pés se abrir.
Concede-me o direito de tentar te fazer sorrir.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amor... Como de Praxe


Ainda consigo lembrar do tempo em que éramos um só, vivíamos felizes, tudo era perfeito e além de tudo, não éramos sós, sempre fomos rodeados de pessoas que nos amavam e torciam para que tudo desse certo, porque o nosso amor era (ainda é) digno de grande admiração.
Mas o inevitável aconteceu, o que era 'pra sempre' acabou, a gente não se conformava, ninguém acreditava, mas por pequenos e banais motivos (quando se comparado ao imensurável amor que sentíamos), nossa relação desfaleceu, devagar, com o tempo, como um pequeno barco que se distancia do porto, fomos nos perdendo de vista, mas cientes que sempre estaríamos à espera de um súbito retorno.
Após tempos sofrendo tal perda irreparável, resolvi seguir em frente, depois de ti veio o Fulano, os nossos (hoje mais meus) amigos, logo de cara, não gostaram, sentiam falta daquele sentimento bonito de se ver, sentiam falta do amor, da gente, mas acabaram se acostumando e até gostando do Fulano, mas ele também foi embora, assim como o Beltrano que veio depois dele.
Hoje é a vez do Sicrano, meus amigos acharam inúmeros defeitos e algumas qualidades, mas com o tempo sei que vão ceder, vão se acostumar e gostar dele, todos eles vão, menos eu, como de praxe.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pra Começar


Um olhar não diz tudo
No entanto deixa a entender
O que dispensa palavras
Um gesto, às vezes, não é bem interpretado
Mas todo gesto de carinho
É sempre bem acolhido
Palavras nem sempre são necessárias
Todavia conhecer alguém em uma conversa é mágico
E se ver nessa pessoa é apaixonante
Pra começar não é preciso muito
Porém, o que realmente importa,
É que já temos o suficiente
A canoa poderá até furar
Mas enquanto houver (nossos) dois remos
Ela há de permanecer nas águas correntes do destino.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sonho Fidedigno


Amar-te foi como um sonho... Corrigindo, foi um sonho. Daqueles sonhos que chegam a se confundir com a realidade de tão verdadeiros.
No meu sonho eu podia ver cada traço perfeito do teu rosto, cada sorriso, cada olhar... Eu podia ouvir cada palavra tua de carinho, cada sussurro, cada gemido... Eu podia sentir teu coração batendo forte cada vez que eu te tocava, teu abraço, teu beijo.
Parecia tudo tão real e profundo que tive a sensação de ter durado horas, dias, meses... Mas foi só um sonho e me dei conta disso, pois acordei.
Não vou negar que nos meus primeiros suspiros de consciência tive vontade de voltar a dormir só para ter o nosso mundinho fantasiado por mim, mas foi em vão, não consegui passar de breves cochilos, curtos devaneios soltos na minha mente que aos poucos voltava à lucidez.
A claridade invade meus olhos, o calor do sol esquenta a minha face, é a realidade me convidando à vida, à minha vidinha pacata de sempre.
O tempo vai passando e com ele as lembranças dos detalhes do sonho também, sei que jamais me esquecerei daquela noite quente e daquele sonho lindo, mas hoje eu me deito, repouso a cabeça em meu travesseiro e me preparo para outro sonho... Corrigindo, para outro amor.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Escrúpulo Divino


Traduzir em palavras a essência de um ser tão perfeito e tão complexo como tu é praticamente impossível... Tentei buscar nas estrelas a explicação, mas a única visão que tive foi a do brilho dos teus olhos.
Procurei na imensidão do oceano uma resposta, mas o mínimo que obtive foi a vastidão do teu sorriso, por fim, já quase sem esperança, pedi a Deus sabedoria para tal escrúpulo!
Foi quando eu consegui... Ele me disse que em ti eu iria conhecer o verdadeiro sentido da palavra amizade! E o que Deus une, nada nem ninguém vai ser capaz de separar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Confissão


Sim, foi verdade, eu fiz e faz parte do meu passado, um ato imaturo, imprudente, mas que pelo visto não foi o suficiente para que o fato deixasse de existir, mas agora já é tarde, o leite está derramado no tapete mais caro, mais branco e limpo da nossa sala, porém não me permito sequer derramar uma lágrima...
Culpa minha? Não só, mas foi.
Arrependimento? Pelo ser, não pelo ato.
Perdão? Não, obrigada. Mas espero, sinceramente, para o bem (ou mal) de todos, que todas as máscaras caiam e tudo se esclareça, pois tudo aquilo que é construído sob mentiras não solidifica... E mais cedo ou mais tarde há de desabar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nova Vida

Eu tinha uma vida,
Mas no momento daquele beijo meu coração parou
E todo o resto do meu corpo.
Minha alma se renovou
E naquele instante uma nova vida me foi dada,
Naquele suspiro, eu nasci de novo
Com outras características,
Outros propósitos, outros desejos.
Nasci para ti e por ti...
E daquele episódio até o fim de 'nossos' dias
Serei-te grata por minha nova vida.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Necessidade


Comer? Não, não me parece tão importante quanto te sentir perto de mim, sentir teu cheiro que depois de tanto tempo ainda me parece bastante familiar, sentir o teu ar chegando a se fundir com o meu e quando nossas epidermes se tocam parecem segundos eternos de pura magia... Ah, isso sim me alimenta.
Beber água? Posso passar horas e até dias sem, mas não consigo ficar um dia sequer sem te ver, nem que seja pela triste frieza de uma fotografia que guardo numa velha caixa onde minhas lembranças da nossa época tão feliz fazem morada, te vejo como se eu pudesse voltar no instante daquele sorriso, te vejo para não esquecer (como se eu pudesse) dos teus olhos brilhantes e para ver a felicidade estampada na minha cara de besta ao teu lado, sentindo a admiração e a paixão que envolviam o momento... Esses sentimentos sim, me hidratam, evitam o ressecamento do coração e restabelecem minha umidade natural.
Respirar? Não me parece tão essencial assim quando se comparado à minha necessidade de ouvir tua voz, nem que seja pelo telefone que não me faz sentir aquele arrepio dos teus sons invadindo minhas mais profundas fraquezas, mas ainda assim ouvir tua voz e perceber, no teu primeiro 'alô' sussurrado no escuro de um quarto, tudo o que se passa contigo, com a tua vida, com os teus sentimentos, com o amor, que é meu, residente no teu peito... Ouvir tua voz me recriminando por cuidado, precaução ou puro ciúme, aconselhando por ter consciência que é a pessoa ideal para fazê-lo, pois não existe ninguém neste mundo que melhor me conheça... E mentira, hoje, é ferramenta inútil e totalmente dispensável no nosso 'relacionamento'. E por fim te ouvir dizendo que me ama e que isso nunca mudou, dando um adeus doloroso como se aquela fosse a primeira e a última de nossas conversas... Essas palavras entram e vão direto na minh'alma enchendo-a de vida, como se cada som da tua boca virasse um suspiro que me tira da apneia que a tua falta me causa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A propósito

Hoje, tentar dizer o que eu sinto é difícil, nem juntando as palavras mais doces de todos os idiomas do mundo seriam capazes de traduzir um terço de meu sentimento por ti.
Tentar descrever a admiração que tenho por ti é complicado, no entanto ela fica em total evidência quando eu fico te olhando, pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo...
Deixar transparecer toda a confiança que tenho em ti, foi meio desesperador, mas foi na hora certa e no momento exato que eu abri meu coração de um jeito que eu nunca havia feito antes, sem medo de errar, simplesmente confiei.
Sinceramente, eu queria que tu ficasses ciente de tudo que passa pela minha cabeça e pelo meu coração e no que depender de mim, irei mover céus e terras para que isso aconteça, porque em tudo na vida se tem um propósito e o meu, hoje, é te conquistar.

domingo, 4 de julho de 2010

Do 8 ao 80


Eu me apaixonei por nossas semelhanças,
O timbre da tua voz que segue a minha frequência...
Convergentes interesses, pequenos vícios.
Me apaixonei, também, por nossas diferenças,
Maneira de encarar a vida, perceber as coisas,
as pessoas, os sentimentos...
Personalidades divergentes, grandes virtudes.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

4ever


Como disse Mário Quintana em meio à sua erudição "O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você", e nessa de cuidar mais de mim, cuidar do meu jardim me apaixonei por um canteiro que tem me acarretado as maiores e melhores alegrias, são poucas flores, poucos amores, e no meio um trevo de quatro folhas, lindo, diferente, colorido, iluminado, que não tem me dado apenas sorte, mas mais que isso, tem sido o suficiente para me fazer feliz de uma maneira sem igual.
Quando estou com vocês meu mundo se enche de alegria, se enche de paz, não precisamos de muito, a simplicidade de uma música tocada ao violão ou conversas que varam a madrugada me completam e me adicionam como se o destino já tivesse nos unido de outra encarnação... Quando estou com vocês, eu pareço não ter vida, eu não preciso de uma, vocês são minha vida. Não tenho vontade, nem juízo, conto com vocês como se fossem parte de mim, minhas duas pernas, meus dois braços, alma e coração dividos em pedaços.
Sinto como se vocês fossem os quatro elementos que fazem meu mundo permanecer inteiro e girando... O fogo que sempre mantém acesa a chama, a água que alivia e alimenta nos momentos de aflição, a terra que me trás segurança e o ar que me tira da apneia. Hoje posso dizer que meu mundo não sobreviveria, não sem vocês.
É um amor que não exige, não cobra... ele dá e recebe.
Um amor que não tem medo, não chora... ele tem respeito, consideração.
Ele não tem necessidade, nem desejo... tem afeto, carinho.
Posso dizer que é um amor eterno... pode não durar para sempre, mas com certeza será inesquecível.
Meu coração é dividido em dois átrios e dois ventrículos, não é por acaso que existem quatro espaços (perfeitamente preenchidos por cada pedaço de vocês que vive em mim), ele não suportaria incompleto, não funciona com três ou duas cavidades e eu sem ele por inteiro, sem que ele possa bater, pulsar, me impulsionar, involuntário, mas consciente que mesmo sem querer, o pulso dele me empurra a vocês como uma atração intencional.
E por isso e inúmeros motivos que posso dizer, por mais que eu esteja só, levarei vocês comigo... Meu trevo de quatro folhas colorido.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Meu Velho Eu


De repente me vi desamparada, pensamentos turvos, sem foco, sem vida, sem destino, meu corpo pedia: uma bebida misturada com uma dose de mim mesma, por favor.
De repente, me contive, me abstive da companhia diária, dos beijos suplicados, revelei meus segredos, rompi nosso elo. Ganhei novos medos e novas esperanças, reavi meus sonhos, refiz conceitos, voltei a minha antiga história. Matei um sentimento e pari vários.
De repente me vi livre como queria, (queria?) livre do teu olhar acusador, do teu rosto indiferente, do teu sorriso sínico de fotografia na estante, livre do teu abraço rejeitado, do teu 'amor'. Livre das cobranças cotidianas e das lágrimas fictícias.
De repente me reencontrei em várias metades, redescobri um eu que nem eu lembrava que um dia existiu.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Fascinação


Sempre fui presa às tuas palavras, me rendia aos teus encantos, me entregava aos teus olhos negros e expressivos, principalmente quando eles cruzavam o meu olhar penetrante e totalmente fixado na tua boca que sempre foi o meu fascínio... E hoje, nada mudou, porque te amar sempre
foi o meu vício.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sobre o Sentido de Amar


Não amar para quê?
Para de histórias de amor ser um reles ouvinte?
Para poder ser vítima de seu próprio pesar?
Para ser preso à consciência e da razão um eterno condenado?
Para evitar a dor da perda do ser amado?
E mesmo assim sofrer por nunca permite-se amar?

Não querer para quê?
Para se entregar ao triste e frio abandono?
Para de seu coração ser o único e exclusivo dono,
E no seu interior não ter mais nada?
Para diante do medo ficar sem saber
Saber se ama, se nega, aflige ou ampara
E no fim de tudo, nem saber o que é, de fato, o querer?

Questionar-se para quê?
Se é do brilho nos olhos que nasce a magia,
Se é da entrega dos corpos que nasce o encanto,
Que do sentido de amar é que te questiono
O porquê que ainda não me ama (tanto).

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saudade


Oi, tudo bem? Prazer, meu nome é saudade. Um dia fui alguém com muitos outros sentimentos, mas hoje a falta de muitos alguéns tomou conta de mim, tornando-me assim nada mais que um só sentimento.
Saudade de quem foi para o Rio tomar banho de mar em Ipanema, saudade de quem foi para São Paulo, não para pedir um milagre ao santo, mas para correr atrás de um sonho, saudade de um sotaque carregado da Paraíba que me faz chorar toda vez que se ausenta por muito tempo de meus ouvidos, saudade de quem atravessou o atlântico para beber vinho mais barato, ops... Para estudar, mas prometeu que volta antes de casar...
Saudade de quem não me ligou só para saber onde eu estava, saudade de quem me ligou só para saber como eu me sentia, saudade do 'eu te amo' antes de dormir, saudade de quem hoje me faz sofrer.
Agora não sou mais nada além de saudade, não tenho mãos, nem olhos, tenho saudade transbordando por todo o meu corpo... Não como, não bebo, vivo só da saudade que não alimento, mas que me consome.
Alguns dias fui Ana, outros Lorena, mas hoje (mais especificamente) respondo por saudade, já que nada sou além dela, dona do meu corpo, alma e identidade.
E que minha insanidade seja perdoada, pois se antes metade de mim era saudade, a outra metade que não era, hoje é também.



~ Das saudades, a que mais me dói.
Felicidades Beatriz Marques, hoje e sempre.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nosso final (in)feliz


Eu te queria de volta para mim, mas não quero mais! Eu queria poder te ligar (agora)e passar horas a fio jogando conversa fora só para te sentir mais perto de mim, mas a bateria da nossa relação descarregou. Eu queria te abraçar, te beijar, perceber que o nosso amor ainda está vivo, mas ele faleceu... E quando eu digo faleceu, não se trata de uma morte natural, por acidente, ou chame como quiser, falo de morte matada, assassinato, homicídio a sangue frio. O nosso amor está morto e a culpa é toda nossa.
Sim, nossa, minha e tua, fomos cúmplices nesse crime bilateral, tive minha parcela de apunhaladas que o tal do amor levou, admito meus erros, minhas infantilidades, meus deslizes e até minhas traições, mas eu tentei me redimir, quis reviver o passado como um maneira de melhorar nossa vida, tentei salvar o nosso amor por amor a ti, e tu tens consciência disso, sabes o quanto eu te procurei, o quanto me expliquei, o quanto te expliquei para que tu pudesses perceber o quão grave se encontrava nossa sintuação, que o nosso amor outrora tão cuidado, tão querido, tão importante para nós, estava aos poucos nos deixando, tentei te alertar, mas foi inútil.
Senti como se pudesse carregar em meus braços todos os acontecimentos, todos os meus sentimentos, tudo que foi nosso ali estendido, sangrando, nos últimos suspiros, te pedi socorro... Mas tu não ouviste, o choro de um outro amor nascendo na tua vida abafou o som dos meus gritos doloridos de desamparo enquanto os braços da morte me abstinham do calor do nosso amor.
Não posso te julgar por nada, não devo, nem vou fazê-lo, mas como diz o ditado: 'Quando um não quer, dois não brigam' e eu me rendi, não vale a pena brigar sozinha por uma causa perdida. Hoje tu estás bem, eu posso ver sem que tu percebas, sem que tu me vejas, talvez tu nem saibas do atestado de óbito que assinei em nome do nosso 'eterno' amor, mas o fato é que acabou. Sinto muito ter que te desejar meus pêsames.
E a propósito... Eu te queria de volta para mim, mas não quero mais!
.
.
.
~p.s: pela primeira vez na vida, espero estar errada...
ou não.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais um conto


'Era uma vez...' É dessa forma que começam as estórias mais famosas que eu conheço, mas não é o fato de serem conhecidas que tornam, necessariamente, as estórias bonitas, não precisa ser contada por todos para que toque o coração de poucos.
Uma estória para ter beleza precisa de amor, afeto, sinceridade, compreensão... Precisa de chances, acontecimentos, páginas viradas, para que o romance perdure.
Necessita de certa pitada de loucura, insanidade, perigo para dar um ar de emoção, mas tudo nos conformes... Tem que ter coerência, uma ordem sequencial sadia, independente do tempo, que tenha um início digno de ser lembrado, que o decorrer dos atos e fatos seja longo e duradouro e que não tenho fim, mas se tiver que seja o típico 'felizes para sempre'

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ponto de Vista



A cidade continua a mesma
Mas aos meus olhosAdicionar vídeo
Tudo mudou de cor.
Os caminhos não mudaram o rumo,
Mas talvez a direção dos meus pensamentos
Tenha mudado o sentido do curso.
A razão e a emoção sempre foram adversas
Assim como o concreto e o abstrato.
Tentar explicar um sentimento
Nem sempre faz sentido para quem ouve.
Talvez sejam essas divergências
Que me fazem buscar
E cada vez mais me apaixonar
Por essa ridícula insanidade
Que chamamos de vida.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pretérito Imperfeito

Recordar o passado é quase vivê-lo, mas ninguém vive de passado, é impossível voltar no tempo e fazer tudo diferente, ou igual se assim desejado. O passado é como uma pedra atirada, uma palavra dita, um tapa na cara, coisas que acontecem e mesmo se arrependendo continuam lá, feitos e marcados na lembrança de quem os viveu.
Todavia, as recordações vivem e estão presentes entre nós, podem vir de um lugar específico do cérebro, de um cantinho esquecido do coração, podem vir de alguém que está sempre longe (mesmo perto) ou em uma conversa que faz desenterrar e sentir tudo que, aparentemente, estava morto (e em baixo de sete palmos).
Mas será que vale a pena reviver um passado que não existe mais, tendo em vista que a realidade agora é totalmente diferente? Será que compensa correr o risco de se envolver com alguém no momento errado, de novo? Ou será que deixar passar a oportunidade de ser feliz ao lado do cara que é perfeito para mim vai ser o meu maior erro?
Buscar reviver o que ficou para trás é um tanto quanto frustrante, se não prevaleceu foi porque teve seus motivos, suas razões, mas isso não impede de recomeçar, uma nova chance, um novo amor baseado em velhos sentimentos.
No passado pode ter sido cedo demais, agora talvez seja o momento certo... Ou não, mas num futuro muito distante pode ser tarde. Enquanto nada acontece me deleito em minhas recordações, meus dilemas que, diga-se de passagem, não são poucos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aborto Romântico


A gente sabe que o amor não é infinito, deve doer quando se passa por todas as fases, como se fosse uma criança, o amor nascendo, crescendo, sendo cuidado e tratado com carinho, amadurecendo e depois (às vezes sem nem explicação e alheio à nossa vontade) ele acaba morrendo, mas o fato é que ele viveu...
Enquanto isso tem 'gente' covarde que simplesmente aborta o amor, antes que ele nem pense em nascer, crescer, amadurecer, ele morre! Uma solução? Talvez... A gente deixa de viver todas as fases lindas do amor, mas em compensação evita o sofrimento.
Mas eu não vou entrar em conflito com esse dilema agora [...] Então é melhor parar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

FLASHBACK











Reza a lenda que à beira da morte, toda a nossa vida passa na mente em flashes como um filme com cenas dos momentos mais marcantes, mais importantes de toda a nossa vida. Na minha concepção, esse pressuposto se reflete a quase tudo que chega ao fim.
É quando acaba uma viagem, a escola, uma amizade, um namoro... Todos esses acontecimentos ao chegarem ao fim nos fazem pensar, refletir, lembrando de cada momento, às vezes rindo, às vezes chorando, às vezes lamentando, mas sempre crescendo. Mas o que fazer quando se percebe que o 'filminho' que se passa na sua cabeça é a história do amor da sua vida? Se alguém aí souber, por favor, me diga...
Lembrar da primeira troca de olhares, das brincadeiras, aparentemente sem fundamento, inocentes, uma amizade que cresce como um flor no cacto, do nada, num momento em que todos se distanciam, nossas vidas se cruzam de um jeito surreal...
Lembrar das conversas madrugada adentro, repleta de segredos, declarações, brigas e reconciliações, conselhos e sermões. Lembrar do medo de uma amizade tão linda como a nossa acabar por causa do tempo e da distância e na mesma hora lembrar da certeza de uma amizade eterna, já que tudo na nossa história é diferente.
Lembrar de uma conversa cheia de segundas intenções e um pedido, deixando claro que não era só amizade, era amor, mas um amor diferente, proibido. Lembrar da semana, ou melhor, dos seis dias mais longos da minha vida, dias de muita tensão, onde a ansiedade tomava conta de mim, seis dias que duraram uma eternidade.
Lembrar do dia, o dia 12, do beijo, o primeiro beijo, depois de muita conversa, dois lábios que pela primeira vez se tocaram para serem definitivamente moldados, feitos um para o outro, como num encaixe perfeito. Lembrar da tua cama, do teu travesseiro, estes que já acostumados com o meu cheiro, me esperavam naquelas que foram as manhãs mais felizes da minha vida.
Lembrar de quando quiseram nos separar, mas nosso amor que é forte, não como as ondas que tudo devastam, mas como as rochas que tudo suportam, saiu ileso e mais vivo do que nunca. Lembrar das férias perfeitas quando o meu corpo ficou totalmente dependente do teu, os beijos cada vez mais intensos, as loucuras.
Lembrar de te ver na minha casa, na minha cama me chamando e depois indo embora, deixando o teu cheiro num lugar vazio. Lembrar disso e sentir que aquele encanto, aquela magia, aquele brilho nos olhos, tudo se desfazendo devagar, sendo desgastado a cada briga...
Lembrar de tudo em questão de segundos e refletir... Ter a certeza que tudo valeu muito a pena, que eu te amo e sempre vou te amar independente de qualquer coisa, porque mais forte do que eu, do que tu, do que qualquer força presente neste mundo, é o amor que eu sinto por ti, e isso nada, nem ninguém vai poder tirar de mim.