quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Não é Amor

Não é amor... É um jeito de olhar diferente desde a primeira vista, é dar asas à imaginação no surgimento do sorriso mais lindo, é desejar controlavelmente um beijo proibido.

Não é amor... É uma ironia sacana do destino, é viagem de encontro ao meu próprio eu, é aposta perdida, cartas marcadas, dados viciados.

Não é amor... É muita conversa, horas a fio no telefone, é sinceridade, metáforas, quebra de sigilo, é fazer acontecer e consequentemente valer a pena.

Não é amor... É vontade súbita e intensa de se ver todo dia, é necessidade e sede do beijo proibido hoje conquistado, é largar tudo e todos, virar a página, abraçar o incerto.

Não é amor... É melhor!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eterna(mente) Solidão


Quase meia-noite, um quarto escuro, uma cama vazia e um pensamento longe... Nesses momentos de nostalgia pura que já fazem parte de meu cotidiano, alguém me rouba o sossego, me rouba o sono, me arranca um suspiro que se perde no ar... Para quem já chegou a me levar o coração e junto com ele o resto do corpo, um suspiro é besteira, mas depois de tanto tempo só deve ser amor...

domingo, 19 de setembro de 2010

Como Se Fosse a Primeira Vez


Após tanto tempo, tantos acontecimentos, te olhar de novo (devo admitir) mexeu comigo... Senti como se meus olhos nunca tivessem cruzado os teus, como se aquele abraço que sempre me fez sentir segura fosse intrigantemente desconhecido, como se o teu sorriso sem graça ao me ver fosse a maneira mais ingênua de dizer que eu não era como as outras... Eu ouvi todas as tuas histórias com tal interesse como se nunca tivesse ouvido-as antes, declarei minhas angústias, contei meus medos, revelei meus desejos mais íntimos como se tivesse entregando minha vida nas mãos de um herói que me salvou a vida... Te beijei, como se nossos lábios jamais houvessem se tocado outrora, me entreguei, como quem entrega um filho por uma causa nobre, com dor, mas certa de que era o certo a se fazer (dessa vez), descansei nos teus braços como se tu fosse o último homem da face da terra, e naquele momento, era o último, era o único, era o primeiro... Como se fosse a primeira vez, tu me fizeste sentir a mulher mais mulher deste mundo!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Últimas Palavras... Quiça.


Toda vez que penso em ti, eu sinto um nó na garganta, a respiração vem pesada, como se todas as lembranças viessem nas entranhas do ar que necessito para viver e sai trêmula num ensaio de soluço sem sequer derramar uma lágrima... Isso tudo pelo simples fato de pensar em ti, lembrar teu rosto, imaginar teu nome num telefone que nunca irá tocar... Continuo pensando e a vontade de chorar vem mais forte, o soluço desta vez é real e nítido, não tento segurar uma lágrima que teima em rolar pelo meu rosto, nem tantas outras que surgem depois dela, é inútil, inútil como o amor que guardo dentro de mim, infeliz como minha vida desde que te vi partir, inevitável como minha vontade de voltar no tempo, mas não da, eu não posso, eu não consigo. É triste pensar no rumo que nossas vidas tomaram, ou melhor, o rumo da 'nossa vida', que se transformou em minha e tua, partidas, separadas, rompidas... Mas o mais triste é saber que não existe mais amor, apenas minhas últimas palavras escritas num papel reciclado, molhado de algumas lágrimas que dizem mais do que centenas de textos humildemente declamados... Minhas últimas palavras que, quiça, tu nem chegarás a ler.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fortaleza






Deixa-me ser teus músculos quando a força te faltar.
Permita-me ser teus olhos quando eles insistirem em chorar.
Abraça-me apertado e forte quando o chão sob os seus pés se abrir.
Concede-me o direito de tentar te fazer sorrir.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Amor... Como de Praxe


Ainda consigo lembrar do tempo em que éramos um só, vivíamos felizes, tudo era perfeito e além de tudo, não éramos sós, sempre fomos rodeados de pessoas que nos amavam e torciam para que tudo desse certo, porque o nosso amor era (ainda é) digno de grande admiração.
Mas o inevitável aconteceu, o que era 'pra sempre' acabou, a gente não se conformava, ninguém acreditava, mas por pequenos e banais motivos (quando se comparado ao imensurável amor que sentíamos), nossa relação desfaleceu, devagar, com o tempo, como um pequeno barco que se distancia do porto, fomos nos perdendo de vista, mas cientes que sempre estaríamos à espera de um súbito retorno.
Após tempos sofrendo tal perda irreparável, resolvi seguir em frente, depois de ti veio o Fulano, os nossos (hoje mais meus) amigos, logo de cara, não gostaram, sentiam falta daquele sentimento bonito de se ver, sentiam falta do amor, da gente, mas acabaram se acostumando e até gostando do Fulano, mas ele também foi embora, assim como o Beltrano que veio depois dele.
Hoje é a vez do Sicrano, meus amigos acharam inúmeros defeitos e algumas qualidades, mas com o tempo sei que vão ceder, vão se acostumar e gostar dele, todos eles vão, menos eu, como de praxe.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pra Começar


Um olhar não diz tudo
No entanto deixa a entender
O que dispensa palavras
Um gesto, às vezes, não é bem interpretado
Mas todo gesto de carinho
É sempre bem acolhido
Palavras nem sempre são necessárias
Todavia conhecer alguém em uma conversa é mágico
E se ver nessa pessoa é apaixonante
Pra começar não é preciso muito
Porém, o que realmente importa,
É que já temos o suficiente
A canoa poderá até furar
Mas enquanto houver (nossos) dois remos
Ela há de permanecer nas águas correntes do destino.