quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sonho Fidedigno


Amar-te foi como um sonho... Corrigindo, foi um sonho. Daqueles sonhos que chegam a se confundir com a realidade de tão verdadeiros.
No meu sonho eu podia ver cada traço perfeito do teu rosto, cada sorriso, cada olhar... Eu podia ouvir cada palavra tua de carinho, cada sussurro, cada gemido... Eu podia sentir teu coração batendo forte cada vez que eu te tocava, teu abraço, teu beijo.
Parecia tudo tão real e profundo que tive a sensação de ter durado horas, dias, meses... Mas foi só um sonho e me dei conta disso, pois acordei.
Não vou negar que nos meus primeiros suspiros de consciência tive vontade de voltar a dormir só para ter o nosso mundinho fantasiado por mim, mas foi em vão, não consegui passar de breves cochilos, curtos devaneios soltos na minha mente que aos poucos voltava à lucidez.
A claridade invade meus olhos, o calor do sol esquenta a minha face, é a realidade me convidando à vida, à minha vidinha pacata de sempre.
O tempo vai passando e com ele as lembranças dos detalhes do sonho também, sei que jamais me esquecerei daquela noite quente e daquele sonho lindo, mas hoje eu me deito, repouso a cabeça em meu travesseiro e me preparo para outro sonho... Corrigindo, para outro amor.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Escrúpulo Divino


Traduzir em palavras a essência de um ser tão perfeito e tão complexo como tu é praticamente impossível... Tentei buscar nas estrelas a explicação, mas a única visão que tive foi a do brilho dos teus olhos.
Procurei na imensidão do oceano uma resposta, mas o mínimo que obtive foi a vastidão do teu sorriso, por fim, já quase sem esperança, pedi a Deus sabedoria para tal escrúpulo!
Foi quando eu consegui... Ele me disse que em ti eu iria conhecer o verdadeiro sentido da palavra amizade! E o que Deus une, nada nem ninguém vai ser capaz de separar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Confissão


Sim, foi verdade, eu fiz e faz parte do meu passado, um ato imaturo, imprudente, mas que pelo visto não foi o suficiente para que o fato deixasse de existir, mas agora já é tarde, o leite está derramado no tapete mais caro, mais branco e limpo da nossa sala, porém não me permito sequer derramar uma lágrima...
Culpa minha? Não só, mas foi.
Arrependimento? Pelo ser, não pelo ato.
Perdão? Não, obrigada. Mas espero, sinceramente, para o bem (ou mal) de todos, que todas as máscaras caiam e tudo se esclareça, pois tudo aquilo que é construído sob mentiras não solidifica... E mais cedo ou mais tarde há de desabar.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nova Vida

Eu tinha uma vida,
Mas no momento daquele beijo meu coração parou
E todo o resto do meu corpo.
Minha alma se renovou
E naquele instante uma nova vida me foi dada,
Naquele suspiro, eu nasci de novo
Com outras características,
Outros propósitos, outros desejos.
Nasci para ti e por ti...
E daquele episódio até o fim de 'nossos' dias
Serei-te grata por minha nova vida.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Necessidade


Comer? Não, não me parece tão importante quanto te sentir perto de mim, sentir teu cheiro que depois de tanto tempo ainda me parece bastante familiar, sentir o teu ar chegando a se fundir com o meu e quando nossas epidermes se tocam parecem segundos eternos de pura magia... Ah, isso sim me alimenta.
Beber água? Posso passar horas e até dias sem, mas não consigo ficar um dia sequer sem te ver, nem que seja pela triste frieza de uma fotografia que guardo numa velha caixa onde minhas lembranças da nossa época tão feliz fazem morada, te vejo como se eu pudesse voltar no instante daquele sorriso, te vejo para não esquecer (como se eu pudesse) dos teus olhos brilhantes e para ver a felicidade estampada na minha cara de besta ao teu lado, sentindo a admiração e a paixão que envolviam o momento... Esses sentimentos sim, me hidratam, evitam o ressecamento do coração e restabelecem minha umidade natural.
Respirar? Não me parece tão essencial assim quando se comparado à minha necessidade de ouvir tua voz, nem que seja pelo telefone que não me faz sentir aquele arrepio dos teus sons invadindo minhas mais profundas fraquezas, mas ainda assim ouvir tua voz e perceber, no teu primeiro 'alô' sussurrado no escuro de um quarto, tudo o que se passa contigo, com a tua vida, com os teus sentimentos, com o amor, que é meu, residente no teu peito... Ouvir tua voz me recriminando por cuidado, precaução ou puro ciúme, aconselhando por ter consciência que é a pessoa ideal para fazê-lo, pois não existe ninguém neste mundo que melhor me conheça... E mentira, hoje, é ferramenta inútil e totalmente dispensável no nosso 'relacionamento'. E por fim te ouvir dizendo que me ama e que isso nunca mudou, dando um adeus doloroso como se aquela fosse a primeira e a última de nossas conversas... Essas palavras entram e vão direto na minh'alma enchendo-a de vida, como se cada som da tua boca virasse um suspiro que me tira da apneia que a tua falta me causa.