sexta-feira, 5 de novembro de 2010

À Flor da Pele

Eu poderia, sem muitos esforços, descrever momentos que considero mágicos, como um pôr-do-sol à beira-mar, uma reunião de amigos que a muito não se viam, um abraço do pai depois de uma briga sem motivos, enfim... Poderia descrevê-los, pois não faltariam palavras para enriquecer com detalhes tais eventos de tamanha magnitude, porém jamais seria capaz de transcrever o sentimento que me envolve em qualquer uma dessas situações.
Não se trata do amor com toda a sua grandeza, nem tampouco da paixão com todo o seu ardor, me refiro à sentimentos nobres, singelos, poderia dizer até simples, pelo fato de ser proporcionado com tanta ingenuidade, com tanta sutileza, momentos que duram segundos, mas que ficarão marcados pela eternidade, como num gesto humilde de oferecer uma flor.
Eu já havia recebido flores antes e devo admitir que, como mulher, fiquei deslumbrada, não só pela flor, não só pelo gesto, nem por ti, mas sim pelo que tudo isso me proporcionou sentir, pelo sentimento mais puro, mais rico, mais sem-palavras, pela minha cara sem graça, pelo teu sorriso, pelo nosso abraço, pelo encantamento que perdurou por toda a tarde de filmes, frio, pipoca e a melhor companhia desses últimos tempos.
Desculpa a minha franqueza e a fraqueza, mas diante de ti, eu tenho por obrigação ser sensível.

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