quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Teoria Das Lágrimas


Já havia um tempo que eu não chorava, não de verdade, não por falta de motivos ou oportunidades, esses sempre existem e vem aos montes, mas com o passar do tempo (e das lágrimas) percebi que o pranto não é sinal de tristeza ou alegria extrema, mas é a insuficiência momentânea do indivíduo de controlar um sentimento, sendo este liquefeito e assim transbordando para fora do ser na esperança de que o 'sentimento' esvaia do corpo, da cabeça ou do coração, onde quer que ele esteja, enfim...
Se antes eu romantizava qualquer ato ou fato, hoje até um par de lágrimas que insistem em correr olhos abaixo me faz ser mais racional, fundamentar teorias que na prática viram pura sensibilidade...
Por isso chego ao meu veredito, eu preciso amar... Agora e sempre.

domingo, 12 de dezembro de 2010

C'est La Vie

A vida é feita de momentos marcantes, momentos que na maioria das vezes duram segundos e ficarão gravados na memória de um coração.
Momentos que podem ser um sorriso limpo e espontâneo que surge da alegria de uma pessoa amada, um olhar puro e inesperado de alguém outrora tão desejado, um dia reunido com os melhores amigos da face da terra que por ironia do destino são os seus e fazem sua vida valer a pena a cada dia, enfim...
Sem esses momentos, nossa existência seria resumida apenas em dias após dias impiedosamente recorrentes, fazendo com que tenhamos a sensação de que a vida está passando por nós como seres inanimados, sem nenhum tipo de reação vital a um estímulo.
Hoje, prestes a completar exatas duas décadas de vivência (muito bem vividas, obrigada) posso chegar à conclusão de que tive muitos momentos marcantes. Muitos me trazem alegria, muitos tristeza, outros até me dão um repetino desejo de esquecer[...]
Mas o fato é que eu vivi e vivo como se não existisse outra chance de ser feliz, porque a vida é muito curta, muito frágil, qualquer momento pode ser o último e um dia será, por isso viva, ame, chore, se apaixone, se permita, nunca deixe para amanhã o que pode te fazer feliz hoje, eu faço a minha parte, comece a fazer a tua, me dê um sorriso!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Teu Abrigo


Enquanto tu permitires que a tua alma repouse no envolvimento do meu corpo, eu irei te proteger e nenhum mal do mundo conseguirá te atingir, basta acreditar e confiar em mim.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Oração

Deus do céu, quanto tempo faz que não conversamos? Ou melhor, há quanto tempo eu não Te busco, seja para pedir, agradecer ou simplesmente manter um contato mais próximo, mais direto? É, Senhor... Já faz algum tempo e sei que estou em dívida e vim tentar me redimir.
Eu não costumo ser cem por cento sincera com ninguém, o Senhor sabe disso, sabe de tudo, mas mesmo assim eu sinto uma enorme vontade de me confessar, pois eu pequei... Não sei ao certo se foi um pecado, mas eu errei e preciso de perdão.
Errei meu Deus, quando coloquei uma amizade tão pura e verdadeira em jogo por conta de uma pessoa que eu mal conhecia e nunca sequer cheguei a conhecer de verdade.
Falhei Senhor, ao tentar substituir o insubstituível e quando me dei conta disso já era tarde, eu abracei o incerto, apostei num jogo de cartas marcadas e perdi. Virei uma página que queria voltar, mas não podia e o que me restou a fazer... Esperar pelos próximos capítulos dessa história e esperei.
Hoje, parece que as coisas voltam devagar ao seu devido lugar, mas ainda vivo consequências daquele tempo, no entanto a única dor que trago é a do erro que cometi com alguém tão essencial na minha vida, alguém que chegou devagarzinho e foi tomando um espaço enorme no meu coração, alguém que me fez perceber que erros podem ser cometidos, mas que também podem ser perdoados.
É isso Deus, espero que o Senhor me perdoe e deixo aqui a minha palavra que isso jamais se repetirá... Ah, Deus e se não for pedir muito, abençoa a vida deste ser que já é quase um anjo na minha vida.
E livra-me de todo o mal... Amém.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Devaneio Solto


Deixar para depois talvez seja a melhor solução para os problemas presentes, mas e quando o depois chegar? E quando o futuro virar presente? E quando o problema virar passado? Não por não ser mais um problema, mas por simplesmente não valer mais a pena solucionar, por fazer parte de uma vida que não existe mais, alguém que não existe mais, não com os mesmos costumes, tampouco com os mesmos sentimentos... Então o depois virará um 'nunca mais'.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Faz Frio Onde Você Mora?

Faz frio onde você mora? Porque eu sinto das palavras fugitivas de sua boca o clima do seu quarto. Por que tanto gelo? Se o seu apelo de paz, não se encontra mais na esquina vazia de minha rua. A verdade é que eu amei, fui de alma, fui tua. Limpa tua boca, pois o gosto da traição, eu sinto daqui. O nosso laço é tão forte, tão único, que mesmo com extinção do sentimento, em algum momento vai existir.
Não é que eu queira guardar eternamente o gosto do teu beijo, nem tampouco o cheiro dos teus cabelos recém-lavados, mas a cada passo que dou nesta casa esbarro com alguma lembrança da gente, a cada noite mal dormida a tua imagem, tua voz, tudo teu me perturba e se saio pelas ruas com uma garrafa de qualquer vinho barato tentando te esquecer, te encontro em todos os rostos desconhecidos, devo confessar que a minha vontade mais íntima é de te matar dentro de mim, mas pra isso teria que esquartejar cada capítulo da minha vida.
E que vida. Cada lágrima derramada-sofrida, que traz sem compaixão de mim as lembranças do que fomos. E o copo sujo pelo álcool de baixo valor, que me suja sem pudor, sem uma dose de amor, enfim. Já que me esqueci de viver, pra guardar tua voz-veludo, onipresente em cada centímetro de mim ao lado de quem me fez ver as coisas com os olhos da alma e do coração. Ser teu solo, teu abrigo, tua casa, teu castigo, tua salvação. Te dar minha vida, dar minha vida por ti. Eu sei que mesmo com toda neblina que cega a vista lá fora, meu choro não cansa e implora. Então me responde com o resto que reside dentro de ti: Faz frio onde você mora?

Sentimentos compartilhados, palavras cruzadas, uma só intenção.
texto escrito por Lorena Marques e Zenith Fialho.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Tudo Quase Tudo


É extremamente deplorável quando paramos para pensar no tanto de glórias que poderíamos alcançar se não fosse o famoso e impiedoso 'quase'. Algumas pessoas acreditam que tal expressão nem exista, para elas ou é ou deixa de ser, não existe meio termo, ninguém quase nasce, nem quase morre, quase engravida, ou quase se diverte.
Em contrapartida, outros encontram no quase um refúgio, uma forma de justificativa para certas falhas... O fato é que toda vez que o quase aparece em uma história é sinal de que alguma coisa deu errado, o objetivo final a priori focado não fora alcançado, ou talvez o quase seja só uma válvula de escape para muita gente covarde, inclusive para mim.