sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nosso final (in)feliz


Eu te queria de volta para mim, mas não quero mais! Eu queria poder te ligar (agora)e passar horas a fio jogando conversa fora só para te sentir mais perto de mim, mas a bateria da nossa relação descarregou. Eu queria te abraçar, te beijar, perceber que o nosso amor ainda está vivo, mas ele faleceu... E quando eu digo faleceu, não se trata de uma morte natural, por acidente, ou chame como quiser, falo de morte matada, assassinato, homicídio a sangue frio. O nosso amor está morto e a culpa é toda nossa.
Sim, nossa, minha e tua, fomos cúmplices nesse crime bilateral, tive minha parcela de apunhaladas que o tal do amor levou, admito meus erros, minhas infantilidades, meus deslizes e até minhas traições, mas eu tentei me redimir, quis reviver o passado como um maneira de melhorar nossa vida, tentei salvar o nosso amor por amor a ti, e tu tens consciência disso, sabes o quanto eu te procurei, o quanto me expliquei, o quanto te expliquei para que tu pudesses perceber o quão grave se encontrava nossa sintuação, que o nosso amor outrora tão cuidado, tão querido, tão importante para nós, estava aos poucos nos deixando, tentei te alertar, mas foi inútil.
Senti como se pudesse carregar em meus braços todos os acontecimentos, todos os meus sentimentos, tudo que foi nosso ali estendido, sangrando, nos últimos suspiros, te pedi socorro... Mas tu não ouviste, o choro de um outro amor nascendo na tua vida abafou o som dos meus gritos doloridos de desamparo enquanto os braços da morte me abstinham do calor do nosso amor.
Não posso te julgar por nada, não devo, nem vou fazê-lo, mas como diz o ditado: 'Quando um não quer, dois não brigam' e eu me rendi, não vale a pena brigar sozinha por uma causa perdida. Hoje tu estás bem, eu posso ver sem que tu percebas, sem que tu me vejas, talvez tu nem saibas do atestado de óbito que assinei em nome do nosso 'eterno' amor, mas o fato é que acabou. Sinto muito ter que te desejar meus pêsames.
E a propósito... Eu te queria de volta para mim, mas não quero mais!
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~p.s: pela primeira vez na vida, espero estar errada...
ou não.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais um conto


'Era uma vez...' É dessa forma que começam as estórias mais famosas que eu conheço, mas não é o fato de serem conhecidas que tornam, necessariamente, as estórias bonitas, não precisa ser contada por todos para que toque o coração de poucos.
Uma estória para ter beleza precisa de amor, afeto, sinceridade, compreensão... Precisa de chances, acontecimentos, páginas viradas, para que o romance perdure.
Necessita de certa pitada de loucura, insanidade, perigo para dar um ar de emoção, mas tudo nos conformes... Tem que ter coerência, uma ordem sequencial sadia, independente do tempo, que tenha um início digno de ser lembrado, que o decorrer dos atos e fatos seja longo e duradouro e que não tenho fim, mas se tiver que seja o típico 'felizes para sempre'

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ponto de Vista



A cidade continua a mesma
Mas aos meus olhosAdicionar vídeo
Tudo mudou de cor.
Os caminhos não mudaram o rumo,
Mas talvez a direção dos meus pensamentos
Tenha mudado o sentido do curso.
A razão e a emoção sempre foram adversas
Assim como o concreto e o abstrato.
Tentar explicar um sentimento
Nem sempre faz sentido para quem ouve.
Talvez sejam essas divergências
Que me fazem buscar
E cada vez mais me apaixonar
Por essa ridícula insanidade
Que chamamos de vida.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pretérito Imperfeito

Recordar o passado é quase vivê-lo, mas ninguém vive de passado, é impossível voltar no tempo e fazer tudo diferente, ou igual se assim desejado. O passado é como uma pedra atirada, uma palavra dita, um tapa na cara, coisas que acontecem e mesmo se arrependendo continuam lá, feitos e marcados na lembrança de quem os viveu.
Todavia, as recordações vivem e estão presentes entre nós, podem vir de um lugar específico do cérebro, de um cantinho esquecido do coração, podem vir de alguém que está sempre longe (mesmo perto) ou em uma conversa que faz desenterrar e sentir tudo que, aparentemente, estava morto (e em baixo de sete palmos).
Mas será que vale a pena reviver um passado que não existe mais, tendo em vista que a realidade agora é totalmente diferente? Será que compensa correr o risco de se envolver com alguém no momento errado, de novo? Ou será que deixar passar a oportunidade de ser feliz ao lado do cara que é perfeito para mim vai ser o meu maior erro?
Buscar reviver o que ficou para trás é um tanto quanto frustrante, se não prevaleceu foi porque teve seus motivos, suas razões, mas isso não impede de recomeçar, uma nova chance, um novo amor baseado em velhos sentimentos.
No passado pode ter sido cedo demais, agora talvez seja o momento certo... Ou não, mas num futuro muito distante pode ser tarde. Enquanto nada acontece me deleito em minhas recordações, meus dilemas que, diga-se de passagem, não são poucos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aborto Romântico


A gente sabe que o amor não é infinito, deve doer quando se passa por todas as fases, como se fosse uma criança, o amor nascendo, crescendo, sendo cuidado e tratado com carinho, amadurecendo e depois (às vezes sem nem explicação e alheio à nossa vontade) ele acaba morrendo, mas o fato é que ele viveu...
Enquanto isso tem 'gente' covarde que simplesmente aborta o amor, antes que ele nem pense em nascer, crescer, amadurecer, ele morre! Uma solução? Talvez... A gente deixa de viver todas as fases lindas do amor, mas em compensação evita o sofrimento.
Mas eu não vou entrar em conflito com esse dilema agora [...] Então é melhor parar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

FLASHBACK











Reza a lenda que à beira da morte, toda a nossa vida passa na mente em flashes como um filme com cenas dos momentos mais marcantes, mais importantes de toda a nossa vida. Na minha concepção, esse pressuposto se reflete a quase tudo que chega ao fim.
É quando acaba uma viagem, a escola, uma amizade, um namoro... Todos esses acontecimentos ao chegarem ao fim nos fazem pensar, refletir, lembrando de cada momento, às vezes rindo, às vezes chorando, às vezes lamentando, mas sempre crescendo. Mas o que fazer quando se percebe que o 'filminho' que se passa na sua cabeça é a história do amor da sua vida? Se alguém aí souber, por favor, me diga...
Lembrar da primeira troca de olhares, das brincadeiras, aparentemente sem fundamento, inocentes, uma amizade que cresce como um flor no cacto, do nada, num momento em que todos se distanciam, nossas vidas se cruzam de um jeito surreal...
Lembrar das conversas madrugada adentro, repleta de segredos, declarações, brigas e reconciliações, conselhos e sermões. Lembrar do medo de uma amizade tão linda como a nossa acabar por causa do tempo e da distância e na mesma hora lembrar da certeza de uma amizade eterna, já que tudo na nossa história é diferente.
Lembrar de uma conversa cheia de segundas intenções e um pedido, deixando claro que não era só amizade, era amor, mas um amor diferente, proibido. Lembrar da semana, ou melhor, dos seis dias mais longos da minha vida, dias de muita tensão, onde a ansiedade tomava conta de mim, seis dias que duraram uma eternidade.
Lembrar do dia, o dia 12, do beijo, o primeiro beijo, depois de muita conversa, dois lábios que pela primeira vez se tocaram para serem definitivamente moldados, feitos um para o outro, como num encaixe perfeito. Lembrar da tua cama, do teu travesseiro, estes que já acostumados com o meu cheiro, me esperavam naquelas que foram as manhãs mais felizes da minha vida.
Lembrar de quando quiseram nos separar, mas nosso amor que é forte, não como as ondas que tudo devastam, mas como as rochas que tudo suportam, saiu ileso e mais vivo do que nunca. Lembrar das férias perfeitas quando o meu corpo ficou totalmente dependente do teu, os beijos cada vez mais intensos, as loucuras.
Lembrar de te ver na minha casa, na minha cama me chamando e depois indo embora, deixando o teu cheiro num lugar vazio. Lembrar disso e sentir que aquele encanto, aquela magia, aquele brilho nos olhos, tudo se desfazendo devagar, sendo desgastado a cada briga...
Lembrar de tudo em questão de segundos e refletir... Ter a certeza que tudo valeu muito a pena, que eu te amo e sempre vou te amar independente de qualquer coisa, porque mais forte do que eu, do que tu, do que qualquer força presente neste mundo, é o amor que eu sinto por ti, e isso nada, nem ninguém vai poder tirar de mim.