terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma Chance



Eu não sei por onde começar, pra ser sincera, não sei nem se devo começar, não sei se devo, mas sei que quero. Quero poder começar uma história linda digna de arrancar suspiros apaixonados, sussurros invejosos, uma felicidade que me faça esquecer que um dia lágrimas rolaram ao longo da minha face e sei que seria contigo a realização desse sonho. Seria... Se não fossem as complicações da vida, dos fatos, das pessoas em questão. Ainda que dependesse única e exclusivamente de mim já seria difícil, eu ainda sofro sequelas de uma paixão muito forte e extremamente mal resolvida que me fez ver tudo e todos de uma maneira distante, um certo receio, um medo de acontecer de novo, um medo de sofrer de novo que sempre me deixa na defensiva, impedindo de uma nova paixão vir a acontecer, mas depois de tanto tempo, vi em ti a oportunidade de poder me soltar dessas amarras que me prendiam ao passado, ao sofrimento, me deixando livre para amar de novo, para amar o novo, para te amar... Mas te amar é complicado, na verdade te amar é fácil, basta passar algumas horas ao telefone de madrugada contigo, alguns (semi)beijos mais intensos que pude provar e os olhares mais profundos que eu já presenciei e pronto, gamei... O difícil é te conquistar, é fazer parte da tua vida, o difícil é lutar contra o teu passado que vive no presente... Sei que é complicado, sei porque já vivi tudo isso na pele e dói, mas é uma iniciativa que só pode partir de ti, e eu não posso fazer nada além do muito que tento fazer. Eu tenho muito para te dar, mas tu tens que estender as duas mãos para receber.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Insônia Casual

Por mais escura que a madrugada se mostre, ela me parece clara, nítida, talvez pela sua frieza ou quem sabe a sua calmaria me traga algum tipo de remédio para certos pensamentos que insistem em me atormentar, mas é tudo ilusão, por me sentir tão só e mais perto de mim, meus pensamentos criam dimensões monstruosas...
Já chega, chegou a hora de dormir, repousar a cabeça sob o travesseiro, fechar os olhos, focar num ponto de luz procurando um sonho, a luz no fim do túnel que leva ao amanhecer, onde a realidade recomeça impiedosamente repetitiva, tudo de novo.
O sono que faltou na madrugada me consome e me controla durante a aula, mas não posso dormir, as expectativas de um futuro melhor e o os assuntos administrativos tomam o meu cérebro e aquilo me mantém clarividente, a manhã é longa, mas sempre passa.
Já as tardes se tornam curtas... Dormir? Não, não mesmo. É chegada a hora de mais excitação do meu dia, de mais vida, mais amor, paixão, sexo, conversas e lanches ao anoitecer. A melhor parte do meu dia passa ligeira, momentos em que o sono passa bem longe de mim, de mim mesma e da minha (nossa) cama, mas minha tarde vai embora e com ela a minha alegria.
Tudo fica lento, quase parado, os minutos parecem horas, mas me alivia saber que mesmo à frente de uma máquina ou num aparelho celular nos encontraremos, uma maneira um tanto quanto fria de matar a saudade, mas é o que temos (por enquanto), momentos estes que também acabam.
Quando chega a noite as pessoas normais vão para suas respectivas camas dormir, as pessoas 'normais', eu não... Eu continuo aqui, eu e meus pensamentos monstruosos, quase companheiros nestas noites de insônia, a procura do foco luminoso, aquela luz no fim do túnel, aquele sonho de que um dia eu possa repousar tranquilamente minha cabeça (sem os monstros) e dormir em paz... Ou talvez não, porque assim meus momentos de paz seriam resumidos às minhas tardes ao teu lado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vem...


Confia em mim, deixa eu te mostrar que é seguro vir comigo, me da a tua mão e me aceita como guia rumo ao nosso final feliz,vem descobrir comigo o que é a felicidade.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

À Flor da Pele

Eu poderia, sem muitos esforços, descrever momentos que considero mágicos, como um pôr-do-sol à beira-mar, uma reunião de amigos que a muito não se viam, um abraço do pai depois de uma briga sem motivos, enfim... Poderia descrevê-los, pois não faltariam palavras para enriquecer com detalhes tais eventos de tamanha magnitude, porém jamais seria capaz de transcrever o sentimento que me envolve em qualquer uma dessas situações.
Não se trata do amor com toda a sua grandeza, nem tampouco da paixão com todo o seu ardor, me refiro à sentimentos nobres, singelos, poderia dizer até simples, pelo fato de ser proporcionado com tanta ingenuidade, com tanta sutileza, momentos que duram segundos, mas que ficarão marcados pela eternidade, como num gesto humilde de oferecer uma flor.
Eu já havia recebido flores antes e devo admitir que, como mulher, fiquei deslumbrada, não só pela flor, não só pelo gesto, nem por ti, mas sim pelo que tudo isso me proporcionou sentir, pelo sentimento mais puro, mais rico, mais sem-palavras, pela minha cara sem graça, pelo teu sorriso, pelo nosso abraço, pelo encantamento que perdurou por toda a tarde de filmes, frio, pipoca e a melhor companhia desses últimos tempos.
Desculpa a minha franqueza e a fraqueza, mas diante de ti, eu tenho por obrigação ser sensível.