quinta-feira, 21 de julho de 2011

Do Espelho Da Alma

Me olha, veja dentro dos meus olhos o teu reflexo, a tua imagem que se forma em mim, o teu eu dentro de mim realçado pelo brilho que nasce da tua presença...
Consegues enxergar o que o silêncio dos meus olhos gritam? pedem? suplicam?


Eles te desejam, te querem, com eles, comigo, agora e sempre.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sorte no Amor

O mundo virou de ponta-cabeça, das poucas certezas que trazia comigo, hoje me traem. As noites mal dormidas são mais frequentes. As horas de descanso quase ausentes. As dores mais presentes. Lágrimas me caem por motivos diferentes, sem muito sentido. Cada dia me vejo obrigada a crescer, amadurecer uns dez anos. A atmosfera que me rodeia impõe isso, pior, bem mais que isso. Não tem sido fácil, ninguém pode dividir o fardo, que aparenta estar bem mais pesado. Dane-se. Posso ter azar no jogo da vida, mas quando se trata de amor, eu ganhei sozinha na loteria... Eu te tenho (sorte).


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Só de Ida

É chegado o momento da partida.
A ocasião mais dolorida,
Aquela face entristecida
Pela memória ressurgida
Das lágrimas, a mais sofrida
Tento mantê-la reprimida.
No calor da despedida
Sentindo-me acolhida
À última hora regredida...
Já que em nada é resolvida,
O que fazer de minha vida?



Para a felicidade sem medida
De repente uma saída...
Outra passagem repartida
Desta vez sem volta... Só de ida.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Embalo de Sábado à Noite



De um lado o corpo que clama, chama, exige, chega a latejar de tanta força, tanto desejo... Do outro um corpo que queima, ferve, pega fogo, ao ponto de sangrar pela falta do outro, pelo excesso de amor... A vontade é recíproca e alimentada por tempos, momentos, cada vez mais crescente, quase insuportável, até o ponto do tão esperado encontro, da união.
Eles se vêem, olham o reflexo um do outro, se aproximam, a ansiedade do toque é transparente, se sentem, se pegam. A falta que os consumia, agora alimentada pela presença, nutrida pela pele, pelo tato, pelos atos, mantida pela comida deles.
A necessidade se transforma em desejo, a pressa vira pressão, o silêncio entrecortado pelos ruídos de gente, a umidade dividida, o suor misturado, em um ritmo compartilhado, o ápice alcançado, o nirvana, o êxtase, o orgasmo... O alívio se torna descanso, o ‘eu te amo’ significa um ‘de novo’.
Na cama as declarações são convertidas em intimidades, as palavras em pura cumplicidade, o resultado disso são dois corpos juntos naquele mesmo embalo... Aquele de sábado à noite.