segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Soul



Quantas horas, tantos dias, meses a fio, momentos vividos... Agora me pego sozinha, pensando no que eu seria se nada disso tivesse nos ocorrido, eu seria simplesmente eu. Seria, mas não sou. Pois tu conseguiste arrancar o que existe de mais íntimo em mim, e levaste contigo. Puseste tuas mãos quentes na minha alma e moldou-a à tua forma, já que eu me derreti em ti. Fui liquefeita, liquidada, liberta. Transformada em alguém que no fundo eu sentia existir, mas não acreditava, não conhecia, tu me apresentaste, tu mostraste a mim o que eu realmente sou. E o que sou? Uma inevitável consequência de nós, um mix de sentimentos teus, uma ruma de pensamentos meus, um amontoado de lindas lembranças, uma interminável lista de planos... Eu sou exatamente o que tu deixaste naquele último dia que eu te vi, sou o que restou de ti, sou o que tu deixaste à tua espera, sou pura saudade, sou só amor... E esse amor é teu.

Um comentário:

  1. Nos renovamos a cada ser que entra em nossas vidas.
    Mudamos, construímos e reconstruímos uma nova pessoa, às vezes melhor, às vezes pior, mas nunca igual.
    No entanto, na nossa história, não há somente uma nova pessoa que surge, ha uma alma resgatada, que a muito estava adormecida, ou sequer tenha acordado.
    Essa nova pessoa que surge é inevitável, pois me moldei e me recriei as tuas vontades, ao teu gosto.
    Mas o teu par foi acordado, por ti e para ti. Ele aparece quando a sintonia emerge, quando um simples ato, como por uma mão sobre a outra nunca parecesse tão perfeito... Quando olhar dentro dos olhos de outrem - dos teus - nunca tivessem - e realmente nunca tiveram - me mostrado um porto seguro, um abrigo, um lar.
    Não sei por onde você andou por todos esses anos, não sei o que fez, o que planejou... Mas você chegou até a mim, e o "daqui pra frente", serão assim como agora bem conhecemos... Basta fechar os olhos e lembrar - sentir - o que somos quando estamos perto, de corpo e alma.
    Eu te amo.

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