quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ponto Culminante

Relacionar-se... Esta talvez seja uma das tarefas mais desafiadoras para o ser humano. Conviver com alguém que antes não passava de um estranho, uma pessoa que passaria na rua e nem se quer chamaria a atenção, ou sim, quem sabe. Alguém com o pensamento que diverge, crenças que diferem, costumes alheios, segredos-segredos, desejos por satisfazer, enfim...
O fato é que a partir do convívio, os conflitos surgem, em meio a tais, alguém sempre tem que ceder para tentar manter o equilíbrio, a ordem, a paz, a felicidade.
A questão é até que ponto é saudável recuar, abdicar da vida que se tinha, dos costumes antigos, dos amores amigos, da vida em si?
Querer apagar alguns capítulos da minha vida, alguns pedaços de mim, podem fazer falta, me tirar uma perna, ou um braço, vai doer, sangrar, isso é fato. Mas meu órgão mais importante, mais fundamental já está nas tuas mãos, totalmente vulnerável e se ele fosse embora contigo, nada mais faria sentido. Independente dos vazios, só tu os faz devidamente preenchidos, sabe-se lá como.
Se vale a pena ou não, estou entregue aos riscos, pagando pra ver, morrendo aos poucos pra viver contigo, já que após a morte se chega ao paraíso.

3 comentários:

  1. Abdicar do vivido, do que junto a si foi caminhando de mãos dadas, ora frouxas, ora firmes é uma tarefa difícil, em momentos nostálgicos torna-se árdua. O desespero, o medo, o incerto, os três pontos que insistem em vir seguidos de uma interrogação tornam-se mais assíduos... Normal. É a tua história, só tua, a que não vai mudar, nem ter menos importância, mas no curso natural das águas, essa(s) história(s) vão sendo realocadas pois outra(s) virão(veio), que não irão substituir de forma alguma, nem de longe.
    Lembra da história do estar e marcar? Um é condição de existência do outro, um dia esteve, marcou, marca, no entanto o hoje é novo, diferente e seu.
    Capítulos não serão apagados, a história é que não tem fim.
    Eu desejo para nós a maturidade de uma relação duradoura, que os escritos advindos dessa história sejam contínuos, sinceros como o sorriso de uma criança, e o mais importante... Que possa ser escrito por nós.

    Eu te amo... Estou te esperando.

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  2. Aiai... Saudade de um textinho...
    TE AMO

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  3. É... Ainda tenho esperança... Te amo...

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