De um lado o corpo que clama, chama, exige, chega a latejar de tanta força, tanto desejo... Do outro um corpo que queima, ferve, pega fogo, ao ponto de sangrar pela falta do outro, pelo excesso de amor... A vontade é recíproca e alimentada por tempos, momentos, cada vez mais crescente, quase insuportável, até o ponto do tão esperado encontro, da união.
Eles se vêem, olham o reflexo um do outro, se aproximam, a ansiedade do toque é transparente, se sentem, se pegam. A falta que os consumia, agora alimentada pela presença, nutrida pela pele, pelo tato, pelos atos, mantida pela comida deles.
A necessidade se transforma em desejo, a pressa vira pressão, o silêncio entrecortado pelos ruídos de gente, a umidade dividida, o suor misturado, em um ritmo compartilhado, o ápice alcançado, o nirvana, o êxtase, o orgasmo... O alívio se torna descanso, o ‘eu te amo’ significa um ‘de novo’.
Na cama as declarações são convertidas em intimidades, as palavras em pura cumplicidade, o resultado disso são dois corpos juntos naquele mesmo embalo... Aquele de sábado à noite.